CBS

SNP: rs234706

Nome em Português: Cistationina Beta-Sintase

Nome em Inglês: Cystathionine Beta-Synthase

Região genômica: é

Referência de genoma: Ref = G (GRCh38)

Link NCBI/dbSNP: www.ncbi.nlm.nih.gov

OO gene CBS codifica a enzima cistationina β-sintase (CBS), essencial para converter homocisteína em cistationina no início da via da transsulforação – uma rota crucial que desvia homocisteína para o metabolismo do enxofre e produção de glutationa (um poderoso antioxidante), cisteína e taurina, que combatem o estresse oxidativo e ajudam a manter vasos e neurônios protegido. 

Em condições normais, essa via ajuda a manter níveis equilibrados de homocisteína no sangue. Quanto alterada, contribui indiretamente e negativamente para a saúde cardiovascular e cerebral. 

Polimorfismos que aumentam a atividade do gene CBS podem levar à redução dos níveis de homocisteína e ao esgotamento dos grupos “metil” (usados para remetilação da homocisteína para formar metionina), prejudicando a metilação, um dos pilares epigenéticos mais importantes para a regulação gênica. 

Além disso, a CBS superativa pode provocar desequilíbrios no ciclo do enxofre, elevando subprodutos como sulfito (SO₃²⁻), sulfeto de hidrogênio (H₂S) e amônia (NH₃) e provocando sintomas relacionados à sensibilidade ao enxofre.

Alelos

Alelo referência:

G

Alelo alternativo:

A

G > A

Análise do Resultado

Genótipo

Impacto Esperado


GG

Atividade normal da CBS; níveis de homocisteína típicos; tolerância habitual a alimentos com enxofre.

GA

Leve aumento da atividade da CBS; homocisteína tende a ficar discretamente mais baixa; possível sensibilidade a alimentos ricos em enxofre; observar sinais de irritabilidade ou fadiga.

AA

Maior aumento da atividade da CBS; homocisteína baixa e maior fluxo para transsulfuração (cistationina, sulfito/sulfato, H₂S, amônia); risco de “fome de metil”; pode ser útil monitorar ureia, amônia, sulfato urinário, GSH/GSSG e considerar suporte com molibdênio, P5P e magnésio.

Forma Intermediária

Detalhando o impacto da forma intermediária (GA): ela pode ter impacto, embora menos pronunciado do que a forma homozigótica (AA). Pode levar a um aumento leve da atividade da enzima CBS, o que tem algumas implicações sutis:

  • Pode acelerar parcialmente a via da transulfuração, transformando a homocisteína em cistationina mais rapidamente. Isso pode levar a níveis mais baixos de homocisteína, o que normalmente é visto como benéfico — mas pode reduzir os estoques de metilfolato e aumentar a demanda por nutrientes do ciclo metil, como a vitamina B6 na sua forma ativa (piridoxal-5-fosfato ou P5P), zinco e magnésio.
  • Pode também aumentar a produção de amônia e sulfito, especialmente se houver polimorfismos do gene SUOX ou se a pessoa tiver uma dieta rica em proteínas e enxofre.
  • Em alguns casos, molibdênio pode ajudar a lidar com subprodutos de enxofre (como sulfito e sulfeto de hidrogênio). 

Sinais e sintomas de intolerância ao enxofre / sulfito / sulfeto de hidrogênio:

Neurológicos e mentais

Névoa mental
Dor de cabeça ou enxaqueca
Irritabilidade, ansiedade ou sensação de inquietação
Insônia leve a moderada
Fadiga mental e física

Respiratórios

Congestão nasal ou sinusite recorrente
Sensação de aperto no peito
Dificuldade para respirar ou chiado (efeito de sulfitos sobre as vias aéreas)
Tosse seca ou broncoespasmo leve

Sistêmicos

Sensação de “intoxicação”, mesmo com alimentação leve
Reações rápidas após consumir alimentos ricos em enxofre (dentro de 1-3 horas)
Sensação de calor no corpo ou “vermelhidão facial” sem febre

Digestivos

Náusea ou desconforto gástrico leve
Flatulência ou inchaço abdominal
Sensação de peso hepático ou digestão lenta, mesmo com alimentos leves

Outros sintomas

Suor com odor forte (tipo “ovo podre”)
Sensibilidade a sulfitos (vinhos, alimentos processados com conservantes)
Mau odor na urina ou no hálito (enxofre pode formar compostos voláteis)

O que fazer para melhorar a expressão do CBS?

Alimente seu DNA: veja como nutrir o gene CBS com escolhas que favorecem sua expressão saudável.

Com relação ao gene CBS, é importante não somente conferir o que é recomendado, mas também o que deve ser evitado, monitorando-se os resultados. 

Alimentos recomendados

✅ Alimentos ricos em molibdênio (cofator essencial para a enzima sulfito oxidase, peça-chave no ciclo do enxofre)

Feijão, Lentilha, Ervilha, Grão-de-bico, Arroz integral, Aveia, Trigo integral, Milho, Amendoim, Amêndoas, Nozes, Sementes de gergelim, Cenoura, Batata, Fígado, Leite e derivados. Couve e couve-flor também são boas fontes, mas pode ser necessário restringi-los em caso de CBS superativa.

✅ Alimentos ricos em vitaminas do complexo B, especialmente a vitamina B6

Fígado, Peito de Frango,  Salmão Selvagem, Grão de Bico, Sementes de Girassol, Banana, Batata inglesa

✅ Aspargos

✅ Beterraba

✅ Vegetais verdes folhosos, porém pobres em enxofre

Espinafre, Chicória, Escarola, Taioba, Alface, Serralha, Almeirão, Beldroega, Ora-pro-nóbis, Endívia.

Alimentos a monitorar (ricos em enxofre)

Brócolis, Couve, Couve-flor, Couve-de-Bruxelas, Couve Chinesa ou Acelga Chinesa, Rabanete e Daikon ou Rabanete Japonês, Nabo e Folhas de Nabo, Mostarda e Folhas de Mostarda, Repolho, Agrião, Arúgula ou Rúcula, Raiz Forte, Wasabi, Alho, Cebola, Pimentão, Batata-doce, Melancia e Gema de Ovo.

Embora saudáveis para a maioria das pessoas, podem intensificar a drenagem da homocisteína para enxofre e amônia em pessoas com CBS hiperativa. Restrição parcial é usualmente recomendada. 

Solução: Avaliar a tolerância individual e ajustar a quantidade conforme os sintomas.

Exames de acompanhamento laboratorial

Essenciais
Homocisteína (soro), Ureia (soro)
Ácido fólico (eritrócitos), Vitamina B12 (soro), Vitamina B6 (soro)

Intermediários
Amônia (soro), Cisteína e Taurina (plasma)
25-OH-Vitamina D (soro), Zinco (eritrócitos)

Avançados
Glutationa reduzida (GSH), Glutationa oxidada (GSSG)
Sulfato (urina), SAM/SAH ratio

Suplemente seu DNA: conheça os ativos que favorecem a expressão saudável do gene CBS.


O CBS é um gene que merece atenção especial e acompanhamento constante ao longo da vida. Para manter seu funcionamento em harmonia, é importante monitorar periodicamente parâmetros como vitamina B12, ácido fólico eritrocitário, vitamina B6, homocisteína (Lu B et al., 2019; Zhu et al., 2024), além de outros exames laboratoriais que auxiliam a avaliar de forma quantitativa o equilíbrio destas vias metabólicas.

Suplementos usualmente benéficos:

✅ Ornitina → auxilia no ciclo da ureia, ajudando a metabolizar o excesso de amônia.

✅ Arginina → aumenta óxido nítrico (vasodilatação e circulação), mas deve ser dosada conforme tolerância

✅ Glicina → calmante para o sistema nervoso e ajuda na detox de amônia.

✅ Complexo B ativo (L-metilfolato, Ácido Folínico, Metilcobalamina, P5P) → essenciais para manter a metilação equilibrada.

✅ Molibdênio → cofator fundamental para a enzima sulfito-oxidase, ajudando a metabolizar enxofre.

✅ Magnésio → relaxante muscular, antiestresse e suporte enzimático.

✅ Zinco → cofator de várias enzimas; modula CBS indiretamente.

Substâncias a evitar ou usar com cautela

✅ GSH (glutationa reduzida), NAC, cisteína, cistina → podem sobrecarregar as vias de enxofre.

✅ Queratina, MSM, Biotina em altas doses → ricos em enxofre, podem agravar sintomas quando usados em excesso.

✅ Enxofre inorgânico, ácido lipoico, L-taurina → geralmente bem tolerados, mas em indivíduos sensíveis podem piorar o quadro; por isso é prudente monitorar.

Suporte digestivo
Proposto quando o foco é melhora digestiva geral e suporte hepatobiliar, especialmente em contextos com sobrecarga de compostos sulfurados:

✅Enzimas digestivas (Lipase, Protease, Amilase, Bromelaína, Papaína)

✅ Betaína HCl

✅ Extratos colagogos e coleréticos (Alcachofra, Boldo, Dente-de-leão, Cúrcuma)

✅ Silimarina (Cardo mariano)

✅ Probióticos selecionados

Cuidar da digestão é um ato de gentileza consigo mesma

Ao oferecer um suporte amoroso ao sistema digestivo e hepático, você convida o corpo a fluir com mais leveza, clareza e bem-estar.
Cada extrato, enzima ou planta proposto pode ser entendido como um pequeno gesto de reparo, um sussurro de harmonia, uma permissão para que o organismo respire, limpe e se restaure.

Aprimore seu estilo de vida: veja como favorecer a expressão saudável do gene CBS.

Polimorfismos que aceleram o CBS são mais comuns do que a gente imagina. Por exemplo, o alelo de risco T (rs234706) está presente em 40–50% da população (heterozigose ou homozigose), conforme dados populacionais do 1000 Genomes Project (DNAlysis, 2019). 

E mais: ela tem outra variante muito comum: CBS (rs1801181) que, por sua vez, tem o alelo de risco A associado à função acelerada da enzima e pode ocorrer em até 60% da população em heterozigose e cerca de 10–15% em homozigose. Mas será que isso sempre foi um problema?

A resposta é: “provavelmente NÃO”. 

Devido ao estilo de vida que predomina nos dias de hoje, este gene deve estar se expressando mais do que antes. Mais pessoas apresentam o problema. Portanto, não se descuide e investigue a sua genética para este gene tão “presente” no nosso dia-a-dia, ou seja, relacionado a alimentos tão comuns quanto o alho e a cebola. 

Outras iniciativas que pode tomar:

Evite jejuns prolongados e  muitos restritivos

Especialmente se houver sinais como cansaço extremo, confusão mental, náuseas, irritabilidade ou alterações de humor — todos eles podem indicar sobrecarga de amônia. Prefira estratégias leves e bem planejadas de jejum, caso seu perfil permita (Patterson RE et al., 2015).

Ciclos de Energia Mitocondrial e CBS

Você sabia que Ciclos de Energia Mitocondrial são propostos para mitigar a fadiga causada pela amônia? Veja a seguir o que se propõe:

Adote “Refeições Equilibradas em Ciclos”: Em vez de jejuns longos, faça “mini-ciclos” de 12-14 horas (ex.: jantar às 19h, café da manhã às 9h), com lanches ricos em glicina (iogurte com colágeno ou nozes). Monitore sintomas como irritabilidade para ajustar.

 “Rotina Noturna Mitofágica”: Desligue telas 1 hora antes de dormir, use uma máscara de olho com aroma de lavanda e pratique “respiração 4-7-8” para ativar mitofagia (limpeza mitocondrial).

Integre “Movimento Suave Energético”: Caminhadas de 20 minutos pós-refeição, focadas em respiração consciente, para excretar amônia sem estresse. Por Que Funciona? Evita picos de amônia de jejuns, suporta redox via sono (como em Musiek et al., 2015) e preserva glicina para glutationa. Patterson et al. (2015) indicam que ciclos leves melhoram energia em perfis genéticos semelhantes

Mantenha-se bem hidratado

A boa hidratação não apenas auxilia na excreção de subprodutos tóxicos, como também otimiza o funcionamento de vias metabólicas delicadas, incluindo o ciclo de metilação. A água contribui para a manutenção do equilíbrio ácido-básico, favorece a eliminação de compostos sulfurados e apoia a circulação adequada de nutrientes e cofatores essenciais (Popkin BM et al., 2022).

Quando o organismo recebe água suficiente, enzimas e transportadores celulares podem atuar de forma mais eficiente, criando um ambiente propício à clareza mental, ao bem-estar físico e ao equilíbrio vibracional.

Gerencie o estresse com consciência

Quadros de ansiedade podem ser uma consequência indireta de uma via CBS hiperativa. Técnicas como meditação, respiração profunda, yoga e contato com a natureza ajudam a equilibrar o sistema (Pascoe MC et al., 2021).

Valorize um sono verdadeiramente reparador

Uma rotina noturna calma, com redução de estímulos luminosos e mentais, é essencial para ativar a mitofagia e a limpeza de radicais no cérebro e nas mitocôndrias, processos que mantêm o equilíbrio redox, suportam os ciclos do enxofre e regeneram o sistema energético celular (Musiek ES, Xiong D, Holtzman DM, 2015).

Cuide do fígado

O fígado é um órgão de ritmo e calor — cuidar dele é como oferecer uma pausa para o corpo inteiro. Compressas mornas na região hepática, banhos relaxantes e o uso de óleos essenciais (como lavanda ou alecrim) podem favorecer o fluxo de energia e aliviar tensões. Pausas restauradoras ao longo do dia completam esse cuidado, trazendo espaço para regeneração e equilíbrio interno (Soltani R et al., 2021; Taghizadeh M et al., 2021).

Meditação com foco no elemento “Ar”

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) clássica utiliza os Cinco Elementos (Madeira, Fogo, Terra, Metal, Água). O Ar não aparece como um elemento isolado, mas é associado ao Qi (energia vital), à respiração e, por extensão, ao Pulmão.

O pulmão, por sua vez, é ligado ao elemento Metal, que equilibra o excesso de Terra e controla o Fogo.

Por isso, muitas tradições modernas usam o termo “meditar com o elemento ar” como uma forma de dizer: respirar conscientemente, conectar-se com a leveza, desapego e fluxo, para ajudar a harmonizar os excessos.

Meditar com foco no elemento ar” é uma forma simbólica de dizer que, pela respiração e consciência, você usa a leveza do ar para dissolver o excesso de densidade (terra) e calor (fogo) que sobrecarregam fígado e sangue.

Redução exposições tóxicas ambientais

Respirar ar puro, beber água limpa e cultivar contato com a natureza são formas simples e poderosas de proteger seu corpo. Evitar poluentes, pesticidas e aditivos desnecessários ajuda a preservar a glutationa — um dos nossos principais antioxidantes — e a aliviar a carga do fígado. Sempre que possível, escolha alimentos orgânicos, abra janelas para renovar o ar, prefira materiais mais naturais no dia a dia e dê ao corpo a chance de se nutrir em um ambiente menos tóxico e mais vital. Assim, o organismo pode dedicar energia à renovação e à harmonia interna, em vez de lutar contra o excesso de impurezas.

Aromaterapia

Na CBS superativa, o corpo tende a acumular subprodutos de enxofre e isso gera tensão, irritabilidade, inquietação e estresse oxidativo. Por isso, qualquer prática que acalme, reduza o excesso de estímulo e traga centramento pode ajudar indiretamente a equilibrar. A aromaterapia atua exatamente nesse campo: regula o sistema nervoso, diminui a ansiedade, e favorece clareza mental e emocional. Essências indicadas:

  • Lavanda – acalma o sistema nervoso, reduz ansiedade, relaxa músculos.
  • Camomila – promove serenidade e acolhimento, útil em períodos de irritabilidade.
  • Laranja-doce – leve, fresca, ajuda a aliviar tensão e trazer alegria.
  • Sândalo – atua de forma profunda, enraizadora e refrescante. Ele é especial porque acalma o fogo interno (no simbolismo oriental, refresca o fígado e o sangue), tem efeito equilibrador da respiração e do foco mental, útil quando há sobrecarga do metabolismo do enxofre que pode deixar a mente agitada; estimula uma sensação de presença tranquila, sem excessiva estimulação — perfeito para perfis COMT lenta ou para o CBS que já “corre rápido demais”; em termos vibracionais, o sândalo ajuda a “descer a energia da cabeça para o coração”, dissolvendo a inquietude e trazendo clareza.

Sugestão prática:

Usar 2–3 gotas em difusor de ambiente, à noite, antes de dormir. Associar com uma respiração consciente (elemento ar, como falamos antes) para potencializar o efeito calmante. Pode ser combinado com lavanda ou laranja-doce para uma sinergia mais suave.

Curiosidades

✅ CBS superativa: quando outros genes complicam o cenário

O gene CBS funciona como uma “válvula de escape” no ciclo do enxofre. Quando está superativo, ele acelera a conversão da homocisteína em cistationina. Isso até parece bom num primeiro olhar, mas esse fluxo exagerado cria um escoamento de enxofre maior do que o corpo consegue equilibrar. Como consequência, podem se acumular subprodutos indesejados, tais como sulfito, sulfeto de hidrogênio e amônia. Contudo, este quadro tende a ser ainda mais frequente quando coexistem variantes em outros genes que participam do ciclo do metil, como:

–  MTHFR → reduz a disponibilidade de metilfolato.

  • BHMT → impacta a via alternativa de metilação da homocisteína.
  • COMT → altera o metabolismo de neurotransmissores e consumo de metil.

    Ou seja, quando essas peças se combinam, o corpo precisa de estratégias ainda mais finas para manter o equilíbrio bioquímico e vibracional

Quando o ciclo do metil acelera, mas não consegue fluir

Para compensar variantes como MTHFR, muitas vezes se recomenda o uso de metilfolato e metilcobalamina — formas ativas ricas em grupos metil (–CH₃). No entanto, quando o gene CBS já está acelerado e as vias de saída não funcionam de forma eficiente (como em variantes de PEMT, GNMT, BHMT, GAMT), esse excesso de metil pode ficar sem vazão adequada. O resultado? Um acúmulo que se expressa em sintomas como:

  • Agitação e ansiedade
  • Insônia
  • Sensibilidade a suplementos
  • Intolerância a compostos sulfurosos

    A lição é clara: mais metil não significa mais equilíbrio. O corpo precisa de fluidez — entradas e saídas que dialoguem em harmonia para que o ciclo do metil cumpra seu papel de sustentação da vida, sem sobrecarga

COMT lenta + excesso de metil = superestimulação nervosa

O gene COMT, quando na forma AA (lenta), tem dificuldade em degradar neurotransmissores como dopamina, noradrenalina, adrenalina, assim como o estrogênio.

Se houver também excesso de metilgrupos, vindos de suplementos ou da própria via MTHFR ativa, o sistema nervoso entra em sobrecarga. É como se a energia do cérebro estivesse “presa” em alta rotação, sem conseguir desacelerar. Esse é o motivo pelo qual algumas pessoas não toleram metilfolato ou metilcobalamina em doses convencionais.

Queda de cabelo: os tratamentos trazer problemas devido ao enxofre?

Nos últimos anos, o número de pessoas com queda de cabelo e alopecia vem aumentando. Um detalhe pouco conhecido: muitos suplementos para cabelos são ricos em compostos sulfurados (por causa da queratina, rica em enxofre) (Muizzuddin N, Benjamin R, 2019). Risco oculto: Em pessoas com CBS hiperativa, o excesso de enxofre pode causar todos os problemas que vimos, como maior toxicidade do sulfito e amônia  e menor capacidade antioxidante da glutationa. 

Sinais de alerta clínico: Homocisteína muito baixa + Ureia alta. Se houver suspeita, a recomendação é investigar o gene CBS com teste genético, e todos os outros associados (COMT, MTHFR, MTR, MTRR, BHMT, SUOX, DAO, PEMT, GAMT, GNMT). A chave está no olhar personalizado e na leitura cuidadosa da bioquímica e genética individual.

Quem poderia imaginar?

A hiperamonemia é uma condição potencialmente grave, marcada por sinais sutis no início — como irritabilidade, náuseas, tristeza leve a moderada e confusão mental — que já indicam um impacto neurológico significativo, mesmo em estágios considerados leves. O detalhe surpreendente é que a aceleração do gene CBS pode favorecer esse acúmulo de amônia até mesmo diante de alimentos tradicionalmente vistos como sinônimo de saúde, tais como brócolis, couve-flor, alho e cebola (Braissant O et al., 2013).

Um lembrete instigante: Nem tudo que é “saudável” é “saudável” para você! A individualidade genética transforma a mesa em um território único, onde os mesmos alimentos podem atuar como nutridores ou desafiadores do equilíbrio.

Taurina: enxofre que harmoniza, não que sobrecarrega

A taurina, apesar de conter enxofre, é geralmente bem tolerada em casos de CBS superativa — e pode até ajudar! Ela não gera sulfito; auxilia na neutralização da amônia; exerce efeito calmante sobre o sistema nervoso; além de favorecer a detoxificação e a fluidez da bile. É como um enxofre que equilibra, não que estimula. Um bálsamo delicado para o organismo.

GeneFood Connected Universe

Alguns genes relacionados ao CBS:

CTH (cistationina γ-liase: etapa seguinte da transulfuração; gera cisteína/H₂S)

MTHFR (ciclo do folato; regula 5-MTHF para remetilação da homocisteína)

MTR (metionina sintase; remete homocisteína a metionina via B12)

MTRR (regenera a MTR; manutenção da atividade da metionina sintase)

BHMT (remetilação hepática via betaína)

AHCY (S-adenosil-homocisteína hidrolase; controla o eixo SAM/SAH)

MAT1A (metionina adenosiltransferase; produz SAM, ativador alostérico do CBS)

GCLC (subunidade catalítica da glutamato-cisteína ligase; passo limitante da glutationa)

Aviso: As informações a seguir têm finalidade educacional e não substituem avaliação clínica individualizada. Para decisões médicas específicas, procure um profissional habilitado.

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