ADIPOQ

SNP: rs1501299 / rs2241766

Nome em Português: Adiponectina

Nome em Inglês: Adiponectin

ADIPOQ rs1501299

  • Região genômica: íntron do ADIPOQ
  • Referência de genoma: Ref = G (GRCh38)
  • Link NCBI/dbSNP: www.ncbi.nlm.nih.gov

ADIPOQ rs2241766

  • Região genômica: éxon do ADIPOQ (variante sinônima)
  • Referência de genoma: Ref = T (GRCh38)
  • Link NCBI/dbSNP: www.ncbi.nlm.nih.gov

Este gene codifica a proteína adiponectina, um hormônio produzido principalmente pelo tecido adiposo, que atua como um verdadeiro aliado do metabolismo. Com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e reguladoras da sensibilidade à insulina, a adiponectina contribui para o equilíbrio dos níveis de glicose, além de influenciar o armazenamento e a queima de gordura (Bluher M, 2020; Katsiki N et al., 2022; Wang Y et al., 2021). Níveis mais elevados desta proteína estão associados a uma série de benefícios, como menor acúmulo de gordura no fígado e nos músculos, níveis mais altos de HDL (o assim conhecido “bom colesterol”) e redução da lipoproteína (a) – um marcador de risco cardiovascular importante.

Alelos

rs1501299

Alelo referência:

G

Alelo alternativo:

A

G>A / G>C / G>T

rs2241766

Alelo referência:

T

Alelo alternativo:

A

T>A / T>C / T>G

Análise do Resultado

Genótipo (rs1501299)

Impacto Esperado


GG

Alelo selvagem homozigótico → produção normal de adiponectina → favorece sensibilidade à insulina, menor risco cardiovascular e inflamatório.

GA

Intermediário: há uma redução parcial da produção de adiponectina. Pode haver maior predisposição a resistência insulínica, dislipidemia e inflamação leve, dependendo do estilo de vida.

AA

Alelo de risco homozigótico → redução mais acentuada da adiponectina, associada a maior risco de resistência insulínica, obesidade visceral, dislipidemia e inflamação crônica de baixo grau.

Forma Intermediária

Detalhando o impacto da forma intermediária do gene ADIPOQ rs1501299 (GA), a presença do alelo A está associada a níveis reduzidos de adiponectina no sangue, ou seja, tem um impacto desfavorável, favorecendo um maior risco de resistência à insulina, acúmulo de gordura abdominal e alterações metabólicas associadas (de Luis Román D et al., 2023). O mesmo se aplica ao alelo G na variante rs2241766 do ADIPOQ.

O que fazer para melhorar a expressão do ADIPOQ?

Alimente seu DNA: veja como nutrir o gene ADIPOQ com escolhas que favorecem sua expressão saudável.

A principal recomendação é seguir uma dieta anti-inflamatória e antioxidante (Calder PC, 2024; Tehrani SD et al., 2025; Van Zonneveld SM, et al., 2024). Isto inclui tanto favorecer a ingestão de alimentos antiinflamatórios e antioxidantes, como também evitar o consumo frequente de alimentos pró-inflamatórios. Importante ressaltar: um plano alimentar não é apenas uma escolha baseada nas características bioquímicas dos alimentos, mas também uma forma de gentil e atenciosamente cuidar do nosso corpo.

Lista de Alimentos Anti-inflamatórios e Antioxidantes

✅ Abacate
✅ Abacaxi
✅ Abóbora e moranga
✅ Alho
✅ Alho-poró
✅ Aspargos
✅ Azeite de oliva extravirgem
✅ Berinjela
✅ Beterraba
✅ Cacau puro e Chocolate amargo sem açúcar
✅ Chás – Chá verde e Matcha, Chá branco, Rooibos, Hibisco, Camomila, Cúrcuma com pimenta preta e limão
✅ Cebola, especialmente a cebola roxa
✅ Cenoura
✅ Cogumelos medicinais: Shiitake, Maitake, Reishi
✅ Folhas verdes escuras – Couve, Espinafre, Acelga, Almeirão, Escarola, Agrião
✅ Frutas cítricas – Laranja, Limão, Lima, Tangerina, Mexerica, Pomelo, Toranja, Bergamota, Cidra
✅ Frutas vermelhas – Morango, Framboesa, Amora-preta, Cereja, Mirtilo, Cranberry, Groselha vermelha, Groselha preta, Açaí, Maqui berry, Goji berry, Physalis
✅ Mamão
✅ Leite dourado ou Golden Milk
✅ Peixes gordurosos ricos em ômega-3 – Cavala, Arenque, Sardinha, Salmão selvagem, Truta Arco-íris de água fria, Atum e Fígado de bacalhau
✅ Romã
✅ Sementes oleaginosas – Castanha-do-Pará (ou do Brasil), Castanha de caju, Noz inglesa, Noz macadâmia, Noz pecã, Amêndoa, Pistache, Avelã, Pinoli (conhecidas como Nuts), sementes: de gergelim, de girassol, de abóbora, de linhaça (especialmente a linhaça dourada); também os óleos destes produtos, como óleo de semente de linhaça e óleo de gergelim, podem ser usados
✅ Sucos de vegetais – Especialmente de centrífugas e slow juicers
✅ Temperos funcionais – Açafrão-da-terra, Gengibre fresco, Páprica, Pimenta-do-reino ou pimenta preta (ativa a curcumina), Orégano, Alecrim, Tomilho, Manjericão, Canela
✅ Tomate
✅ Uvas roxas

Controle de alimentos pró-inflamatórios
Como já mencionado, além da ingestão de alimentos anti-inflamatórios, é importante estar atento ao controle de ingestão de alimentos pró-inflamatórios, que não apenas favorecem processos inflamatórios silenciosos, mas também contribuem para a acidificação do organismo — um ambiente interno que, a médio e longo prazos, pode comprometer o equilíbrio celular e a vitalidade do corpo.

Controle não significa exclusão total. Porém, recomenda-se buscar um equilíbrio entre a ingestão de alimentos inflamatórios x anti-inflamatórios, predominando os antiinflamatórios.

Estratégia nutricional anti-inflamatória
O ácido araquidônico (inflamatório) presente na gema do ovo compete pela mesma enzima (ciclooxigenase) que os ácidos graxos ômega-3 (anti-inflamatórios). Portanto, uma boa estratégia nutricional anti-inflamatória seria ingerir suas cápsulas de Ômega-3 junto da ingestão de ovos/gema de ovos. Combinações como estas, simples e eficazes, ajudam a empoderar o seu organismo para ele se proteger melhor dos danos que envelhecem e causas doenças, como a inflamação. Alquimia nutricional pura – transformar um potencial “vilão” em aliado através da sinergia!

Suplemente seu DNA: conheça os ativos que favorecem a expressão saudável do gene ADIPOQ.

✅ Ácido Alfa-lipoico ou R-Alfa-lipoico (Vidović B et al., 2017)
✅ Astaxantina (Omata Y et al., 2022)
✅ Berberina (Berberis aristata) (Wang Q et al., 2024)
✅ Coenzima Q-10 e/ou Ubiquinol (Gholami M et al., 2023)
✅ Curcumina (Panahi Y et al, 2016)
✅ Extrato de Chá Verde (Bolin AP et al., 2020; Ramírez-Rodríguez A et al., 2018)
✅ Extrato de Pinus pinaster (Pycnogenol®) (Lee OK et al., 2023)
✅ Gurmar ou Gymnema sylvestre (Gupta S et al., 2024)
✅ Ômega-3 (Lovejoy JC et al, 2013)
✅ Óleo de semente de linhaça (Nowak W et al., 2023)
✅ Magnésio (Chen Y et al., 2022)
✅ Minerais: Cromo, Selênio, Zinco (Yao XQ et al., 2021)
✅ Naringenina (Rebello CJ et al., 2023)
✅ Pomegranate (Rodríguez-Mateos A et al. , 2020)
✅ Probióticos (Lactobacillus plantarum e rhamnosus )(Luoto R et al., 2012; Shin SM et al., 2024)
✅ Quercetina (Kršková K et al., 2025)
✅ Resveratrol (Chen J et al, 2011; Zhang L et al., 2020)
✅ Vitaminas C, E e D3 (Saharan R et al., 2023).

Atenção às novas tecnologias:

Berberina fitossomal, curcumina fitossomal ou nanoemulsificada, quercetina fitossomal e vitamina C lipossomal são exemplos de formulações farmacotécnicas avançadas, projetadas para melhorar a absorção, estabilidade e eficácia clínica desses compostos (Singh P et al., 2023).

Essas tecnologias representam uma verdadeira revolução na ciência dos suplementos nutricionais, refletindo os avanços do século XXI e permitindo uma suplementação mais inteligente, eficiente e clinicamente eficaz .

Aprimore seu estilo de vida: veja como favorecer a expressão saudável do gene ADIPOQ.

Para otimizar a expressão do seu gene ADIPOQ e amplificar sua vitalidade, o estilo de vida é a chave que destrava todo este potencial (Oliva-Olvera W et al., 2020; Zhang X et al., 2021). Não se trata de restrições, mas de escolhas conscientes que nutrem cada célula, com leveza e propósito.

1. Nutrição Anti-inflamatória: A Sinfonia Metabólica

Uma dieta anti-inflamatória é sempre uma sinfonia de benefícios, especialmente para quem busca harmonizar a expressão do gene ADIPOQ (Calder PC, 2024). Priorizar ingredientes que celebram o corpo é um ato de amor próprio, convidando sua energia a fluir sem impedimentos (Fraga CG, Oteiza PI, 2020). Essa abordagem nutricional nutre cada célula e permite que a adiponectina trabalhe em sua plenitude, promovendo um ambiente interno de calma e equilíbrio (Pérez-Jiménez J, 2020). Descubra seu próprio ritmo alimentar, unindo prazer e saúde de forma leve e consciente.

2. Movimento Consciente: A Coreografia da Adiponectina

A prática regular de atividade física é a dança que aumenta a produção natural de ADIPOQ (Li G et al., 2021; Bluher M, 2020). Cada passo, cada alongamento suave, cada movimento consciente é um convite para a adiponectina se manifestar, otimizando seu metabolismo e preenchendo você com uma energia que emana de dentro para fora (Konopka AR, Harber M, 2021).

3. Peso Saudável: A Dinâmica da Leveza

Manter um peso corporal saudável e evitar o acúmulo de gordura abdominal é um gesto de amor e liberdade para o seu corpo funcionar com mais leveza e eficiência (Ryan PM et al., 2021). Isso permite que a adiponectina atue em sua capacidade máxima (Bluher M, 2022). Seja pró-ativo.

4. Modulação do Estresse: A Harmonia Endócrina

Promover práticas de redução da agitação interna é crucial, pois um ritmo acelerado pode afetar a adiponectina (Brunner EJ et al., 2009; Jafar-Ghaffari M et al., 2023; Oliva-Olvera, W. et al, 2015). Cultivar momentos de paz, através de meditação, respiração consciente, contemplação da natureza ou atividades prazerosas, nutre sua alma e, por consequência, cada célula do seu corpo (Chrousos GP, 2020; Zukowska-Szczechowska E, 2024). Isso permite que “a adiponectina dance em sua frequência ideal”, evitanto-se o efeito do estresse crônico que afeta negativamente os níveis de adiponectina (Jani N, Dhabhar FS, 2021).

Entre elas:
✅ Meditação e respiração consciente
✅ Contemplação da natureza
✅ Práticas de oração
✅ Caminhadas em lugares silenciosos e harmoniosos
✅ Banhos de mar, de cachoeira e de imersão
✅ Grounding (aterramento)
✅ Danças e Artes marciais
✅ Jogos e Trabalhos manuais
✅ Ouvir músicas que acalmam
✅ Assistir a filmes que emocionam ou inspiram

Em suma, tudo o que lhe aquieta e encanta — o que lhe deixa mais leve, mais presente, mais feliz.

Curiosidades

ADIPOQ: Quando o Estilo de Vida Fala Mais Alto que a Genética

A adiponectina é considerada uma das “moléculas protetoras” mais importantes para o metabolismo e para a saúde cardiovascular. Embora o gene ADIPOQ influencie sua produção, o estilo de vida é o principal modulador (Oliva-Olvera W et al., 2015), podendo compensar o risco genético e manter níveis saudáveis deste hormônio. Por isso uma postura pró-ativa é tão importante!

✅ Adiponectina: O Hormônio que Espelha Sua Leveza Interna

A adiponectina é uma das poucas adipocinas com efeito anti-inflamatório reconhecido. Seus níveis plasmáticos tendem a ser inversamente proporcionais à quantidade de gordura visceral, funcionando como um biomarcador sensível da inflamação metabólica (Fabbrini E et al., 2020). Quanto maior a adiponectina, menos inflamação, mais leveza. De modo geral, mulheres apresentam concentrações mais elevadas de adiponectina em comparação aos homens (Ouchi N et al., 2011; Trayhurn P, Beattie JH, 2020).

Um Aliado Silencioso contra a Lipoproteína (a): O Poder Metabólico da Adiponectina

Lipoproteína (a), ou Lp(a), é uma molécula de gordura sabidamente aterogênica. Aqui temos uma dica importante: Melhorar seus níveis de adiponectina pode contribuir para um ambiente metabólico menos propício aos efeitos adversos de uma Lp(a) elevada (Tsimikas S, 2017).

Cúrcuma, Turmeric e Curcumina

A cúrcuma (Curcuma longa), também chamada de turmeric em inglês, é uma planta da família do gengibre, cujos rizomas são usados como tempero e pigmento, contendo aproximadamente 2–9 % de curcumina — um dos curcuminoides responsáveis pela coloração amarela-dourada. Já a curcumina é o principal composto bioativo isolado da cúrcuma, intensamente estudado por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias; porém, em suplementos costuma aparecer em concentrações muito mais altas do que no pó da raiz (Dehzad M et al., 2023).

GeneFood Connected Universe

Alguns genes relacionados ao ADIPOQ:

ADIPOR1 (receptor de adiponectina 1)

ADIPOR2 (receptor de adiponectina 2)

PPARG (regula adipogênese e sensibilidade à insulina)

IRS1 (sinalização de insulina; captação de glicose)

PRKAA1 / AMPKα1 (metabolismo energético/oxidação de gorduras)

LEP (leptina; eixo adipocitário)

LEPR (receptor de leptina)

TNF (citocina inflamatória que reduz adiponectina)

IL6 (citocina inflamatória que reduz adiponectina)

Aviso: As informações a seguir têm finalidade educacional e não substituem avaliação clínica individualizada. Para decisões médicas específicas, procure um profissional habilitado.

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