ADH1B

SNP: rs1229984

Nome em Português: Desidrogenase do Álcool 1B

Nome em Inglês: Alcohol Dehydrogenase 1B

Região genômica: éxon do ADH1B (variante missense)

Referência de genoma: Ref = T (GRCh38)

Link NCBI/dbSNP: www.ncbi.nlm.nih.gov

Gene que codifica uma enzima chave na metabolização do etanol (ADH1B) → converte álcool (etanol) em acetaldeído no fígado. Depois disso, o acetaldeído é convertido em acetato (não tóxico) pela aldeídodesidrogenase 2 ou ALDH2 (codifica pelo gene ALDH2). Portanto, a ação do ADH1B é o primeiro passo na metabolização do etanol.

A metabolização muito rápida do álcool em acetaldeído faz com que o indivíduo apresente sinais de intolerância ao álcool mais intensos e, por isso, diminui o risco de alcoolismo (o indivíduo conclui que “o álcool não é para mim”). Enquanto um ADH1B com ação lenta reduz o risco de sintomas após a ingestão do álcool e, portanto, favorece a ingestão de maiores quantidades de bebidas alcoólicas (maior risco de alcoolismo).

Alelos

Alelo referência:

T

Alelo alternativo:

A

T>A / T>C / T>G

Análise do Resultado

Genótipo

Impacto Esperado


TT

Metabolização lenta do álcool → menor acúmulo de acetaldeído → maior tolerância ao álcool, mas maior risco de abuso e sobrecarga hepática.

TA

Metabolização rápida → acúmulo intermediário de acetaldeído → rubor facial, desconforto ao beber → proteção parcial contra alcoolismo. O rubor e desconforto pode proteger contra os excessos.

AA

Metabolização muito rápida → alto acúmulo de acetaldeído → fortes reações adversas (rubor, náusea, taquicardia) → proteção significativa contra alcoolismo.

Forma Intermediária

Detalhando o impacto da forma heterozigótica (TA) do ADH1B, ele Implica em metabolização intermediária → pode ter reações ao álcool mais leves que o ADH1B homozigótico mutado (AA), mas ainda com potencial desconforto (rubor facial, náuseas e taquicardia) e proteção parcial contra alcoolismo, menos do que o (AA), que metaboliza muito rápido e sente mais rápido, tendo menor risco de se tornar alcoólatra (Hoang N et al., 2024). Neste caso, o alelo A, funcionando mais rapidamente, acaba criando uma proteção contra o alcoolismo, porque o indivíduo sente desconforto com a ingestão do álcool, principalmente o homozigótico (AA).

O que fazer para melhorar a expressão do ADH1B?

Alimente seu DNA: veja como nutrir o gene ADH1B com escolhas que favorecem sua expressão saudável.

Moderação inteligente com o álcool
Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é essencial, especialmente para quem tem variantes que aumentam a eficiência da enzima ADH1B. Cada taça a menos é um presente para o seu fígado, para o seu cérebro e clareza mental (Rehm J et al., 2021).

✅ Alimentos com compostos sulfurados — os alquimistas do fígado
Brócolis, couve, couve-flor, alho, cebola, rabanete e repolho ativam enzimas da detoxificação hepática e ajudam na neutralização do acetaldeído, um subproduto tóxico do álcool. A alquimia destes vegetais faz cruzar epigenética, sabor e proteção celular (Chen G et al., 2021). O chá verde também é fonte de EGCG (epigalocatequina galato) que reduz estresse oxidativo e protege células hepáticas.

✅ Alimentos ricos em glutationa e precursores
Abacate, aspargos, espinafre, açafrão-da-terra (cúrcuma), chá-verde e proteína de boa qualidade auxiliam na produção de glutationa — o antioxidante mestre que protege o fígado contra o estresse oxidativo causado pelo álcool (Irie JV et al., 2023).

✅ Frutas vermelhas e arroxeadas
Antocianinas e resveratrol ajudam a conter os radicais livres formados no processo de metabolização do álcool (Cory H et al., 2018).

✅ Alho cru
Rico em alicina, aumenta a atividade de enzimas como a glutationa S-transferase e favorece o metabolismo de toxinas (Iciek M et al., 2021).

Cúrcuma e pimenta preta
A curcumina é anti-inflamatória e antioxidante potente; a piperina aumenta sua biodisponibilidade (Stohs SJ et al., 2020). Atualmente existem formas potentes de curcumina com excelente biodisponibilidade, sem necessidade de se associar com piperina.

Hidratação vibracional
Água pura, infusões de ervas como hortelã, alecrim ou dente-de-leão, sucos naturais diluídos com limão e clorofila ajudam a diluir toxinas e aliviar a sobrecarga hepática. A água é o veículo do fluxo e o fígado agradece (Liu Y et al., 2025). O uso da palavra “vibracional” aqui é para ressaltar que o auto-cuidado ritualístico com consciência – como o preparo de uma água saborizada – traz uma proteção a mais, vibrando positivamente, com repercussões positivas sobre a expressão do DNA.

Suplemente seu DNA: conheça os ativos que favorecem a expressão saudável do gene ADH1B.

✅ Ácido Alfa-lipoico ou R-Alfa-lipoico → Usado para dar suporte ao gene ALDH2, já que indivíduos ADH1B (GA) e (AA) tendem a formar muito acetaldeído (metabolização rápida do álcool) (Xiao S et al., 2023)

✅ L-Cisteína → Reduz sintomas de ressaca e diminui estresse oxidativo em humanos (Eriksson CJP et al., 2020).

✅ Complexo B (especialmente B1, B2, B3, B6 e B12) → Cofatores críticos no suporte à metilação, síntese de NAD/NADP e regeneração da glutationa; relevantes em situações de consumo alcoólico que degradam essas vitaminas.

✅ N-Acetilcisteína (NAC) → Reduz sintomas de ressaca e diminui estresse oxidativo em humanos (Eriksson CJP et al., 2020).

✅ Silimarina ou Cardo Mariano → Protege o fígado de lesão alcoólica e melhora defesa antioxidante (Zhou T et al., 2022).
Apesar de não modificarem a enzima ADH1B diretamente, esses suplementos são fundamentais para:

  • Apoiar a eliminação do acetaldeído (via ativação da ALDH2 e glutationa), reduzindo o estresse oxidativo que surge após o metabolismo álcool → acetaldeído.
  • Ajudar no suporte hepático sistematizado, especialmente em genótipos (GA) e (AA) que acumulam acetaldeído rapidamente.
  • Reduzir sintomas comuns decorrentes do consumo excessivo de álcool (ressaca, desconforto, inflamação).

✅ Vitamina C → Potente antioxidante hidrossolúvel, protege a glutationa e minimiza o estresse oxidativo hepático pós-álcool, favorecendo a eliminação de acetaldeído.
Estes suplementos não alteram diretamente a atividade da ADH1B, mas apoiam os sistemas de detoxificação, aliviam os sintomas pós-álcool e criam um ambiente molecular mais gentil para o metabolismo alcoólico – especialmente valioso para genótipos como (GA) e (AA), que convertem etanol rapidamente em acetaldeído.

Aprimore seu estilo de vida: veja como favorecer a expressão saudável do gene ADH1B.

Respeite os sinais do seu corpo ao consumir álcool, como o rubor facial
Desconforto e mal-estar são alertas naturais que protegem seu fígado e seu equilíbrio interno. Em outras palavras, respeite o seu limite de consumo de bebidas alcoólicas e evite sobrecarga hepática (Kim M et al., 2024)

Controle a ingestão de medicamentos hepatotóxicos
Especialmente se tiver algum grau de ingestão de bebidas alcoólicas. Evite misturar álcool com substâncias como paracetamol, anticonvulsivantes, antibióticos e anti-inflamatórios, pois o álcool pode amplificar a toxicidade hepática, ativando enzimas ou reduzindo a reserva antioxidante natural do fígado (National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, 2024).

Prefira uma alimentação anti-inflamatória e antioxidante
Ela apoia o fígado e minimize os efeitos tóxicos do metabolismo do álcool (Armstrong MJ et al., 2022). Veja aqui alguns alimentos: acerola, açafrão-da-terra, alho, aspargos, azeite de oliva extravirgem, beterraba, cacau puro, cenoura, cebola roxa, chá verde, frutas vermelhas e arroxeadas – como mirtilo e morango – gengibre, goiaba, laranja, limão, maçã, mamão, peixes ricos em ômega-3, romã, tomate, uvas roxas, vegetais crucíferos – como brócolis, couve e couve-flor.

Pratique atividade física regular
O movimento favorece o fluxo hepático, melhora a sensibilidade à insulina e contribui para o equilíbrio geral do metabolismo energético (Park Y et al., 2023).

Crie novas formas de socializar sem excesso alcoólico (Katayama S et al., 2023):

  • Diluir bebidas alcoólicas com água ou sucos naturais.
  • Optar por coquetéis sem álcool (mocktails) vibrantes e saborosos.
  • Experimente a “zebra striping” – intercale água com gás ou águas aromatizadas entre os drinques
  • Redescobrir o prazer de um chá especial ou uma água aromatizada com ervas e frutas.
  • E, se preferir, simplesmente deixe o álcool de lado, sem culpa nem obrigação.
Curiosidades

Quando a Eficiência Não Protege

Nem sempre quem metaboliza melhor está mais protegido. No caso do ADH1B, quem tem o gene funcionando “bem demais” (GG) transforma rapidamente o álcool em acetaldeído, gerando desconforto imediato — como um alerta protetor natural, que limita o consumo. Já quem tem a forma menos eficiente (AA) sente menos os efeitos ruins, bebe mais facilmente e corre risco silencioso. É um lembrete bonito da sabedoria do corpo: às vezes, o desconforto é a voz do equilíbrio.

Quem tem Risco de Alcoolismo?

O risco de desenvolver alcoolismo não depende apenas de como o corpo metaboliza o álcool. Ele também está ligado a genes que modulam nossa relação com prazer, recompensa e autorregulação emocional (Walters RK et al., 2023). A seguir, alguns dos principais genes envolvidos nesse equilíbrio:

DRD2
Ajuda a regular prazer e motivação através da dopamina. Certas variantes podem fazer com que a resposta dopaminérgica seja mais sutil, mais fraca, favorecendo a busca por estímulos externos intensos, como o uso da bebida alcoólica. Para harmonizar: cultivar fontes naturais de prazer — conexões humanas, movimento, música — que fortalecem a sensação de recompensa interna.

OPRM1
Participa da forma como sentimos prazer e reforçamos comportamentos. Algumas variantes podem deixar o organismo mais sensível a estímulos prazerosos, pedindo mais cuidado para manter escolhas equilibradas.
Para harmonizar: encontrar “doses” diárias de prazer saudável, como arte, aromas e sabores nutritivos, ajuda a regular esse circuito.

SLC6A3 (DAT1)
Regula a recaptura da dopamina, ajustando seu tempo de ação no cérebro. Diferenças genéticas podem influenciar a disponibilidade de dopamina, impactando motivação e foco.
Para harmonizar: práticas que aumentam dopamina de forma estável, como exercícios regulares e pequenas metas alcançáveis, sustentam o equilíbrio.

COMT
Modula a metabolização da dopamina e da noradrenalina. Uma COMT mais lenta pode gerar picos emocionais, pedindo um olhar atento para estratégias de autorregulação.
Para harmonizar: técnicas de respiração e mindfulness ajudam a estabilizar o fluxo interno e evitar sobrecargas emocionais.

MAOA
Responsável por degradar serotonina e dopamina, influenciando estados de humor e impulsividade.
Certas variantes podem tornar o organismo mais reativo em situações de estresse.
Para harmonizar: investir em ambientes calmos e em pausas conscientes ao longo do dia protege o bem-estar emocional.

5-HTTLPR (SLC6A4)
Regula o transporte da serotonina, que influencia resiliência emocional. Algumas variantes podem requerer mais estímulos positivos para sustentar o equilíbrio do humor.
Para harmonizar: exposição ao sol da manhã, alimentação rica em triptofano e vínculos afetivos sólidos ajudam a fortalecer a estabilidade.

GABRA2
Envolve receptores GABA-A, fundamentais para o relaxamento e desaceleração do sistema nervoso.
Certas variantes podem influenciar a sensibilidade ao álcool e substâncias que afetam o relaxamento.
Para harmonizar: rituais de relaxamento naturais — chás calmantes, música suave, respiração profunda —podem nutrir o descanso interno.

GeneFood Connected Universe

Alguns genes relacionados ao ADH1B:

ADH1C / ADH1A / ADH4 / ADH7 — outras álcooldesidrogenases (primeira passagem gástrica/hepática; afinidade por etanol e outros substratos).

ALDH2 — aldeídodesidrogenase mitocondrial (acetaldeído → acetato; chave para tolerância/aversão).

ALDH1B1 — aldeído-desidrogenase complementar; atua como via compensatória quando a função de ALDH2 está reduzida.

CYP2E1 — via microssomal de oxidação do etanol (em inglês MEOS ou “Microsomal Ethanol Oxidizing System”); induzido por consumo crônico de álcool).

CAT — oxida etanol em presença de H₂O₂ (contribuição menor, cérebro/fígado).

ACSS2 — converte acetato → acetil-CoA; integra o etanol ao metabolismo energético.

PNPLA3 / TM6SF2 — suscetibilidade a esteatose/esteatohepatite; modulam impacto hepático do álcool.

OPRM1 — resposta neurocomportamental ao álcool (recompensa/aversão; risco de uso nocivo).

Aviso: As informações a seguir têm finalidade educacional e não substituem avaliação clínica individualizada. Para decisões médicas específicas, procure um profissional habilitado.

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